JORNAL PENA LIVRE

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quarta-feira, 10 de outubro de 2012









O SANTINHO QUE MATA       
O descalabro de uma atitude isolacionista, despida de qualquer caráter e humanidade, determinantemente irresponsável, sabidamente um crime analisável sob vários aspectos: código penal, código ambiental, acaba por ceifar a vida de uma pessoa inocente.
Numa sessão eleitoral na cidade de Bauru uma velha senhora escorregou nas toneladas de “santinhos” que estavam espalhadas pelas calçadas. Vítima de algumas doenças já pré-existentes, ela sofreu traumatismo na bacia o que acabou por determinar sua morte precocemente.
Cumpriu seu dever eleitoral e a democracia pagou seu mais alto tributo possível com a perda de uma pessoa que era filha de alguém, mãe dos seus filhos, possivelmente uma dona de casa exemplar.
Pelo Brasil inteiro a cena se repetiu. Centenas de pessoas se machucaram com fraturas múltiplas, principalmente nos membros inferiores escorregando na emporcalhada democracia livre onde todo mundo faz o que dá na telha.
A lei. Ora a lei. Escorregou e morreu. Que há de se fazer? Lamentável acidente. Quem sabe se a velha senhora não estivesse tricotando ao invés de sair votar no Zé Ruela da Silva estaria ganhando mais.
Quem sabe até se o fatídico “santinho” que a vitimou não tinha o retrato do Zé Ruela, exatamente para quem ela ia dar ser voto?
Morte estúpida.
A velha máxima de espalhar no dia da eleição e sempre na calada da noite toneladas de propaganda eleitoral nunca deu prisão para ninguém, nem para famigerados cabos eleitorais ou os próprios candidatos. Nunca um(a) candidato(a) foi chamado(a) a limpar toda sua sujeira ou pagar, quem diria, a morte de uma eleitora idosa.
A justiça eleitoral pune severamente quem deixa a propaganda fora do horário permitido pela cidade naqueles ridículos tripés com fotos horríveis e agora com nomes pitorescos e “apalhaçados”.
A justiça eleitoral pune quem fala no microfone de uma rádio fora do que o TSE determina, pune quem se aproveita de uma festinha com alguém importante para faturar uns votos mais fáceis.
Nenhuma dessas penalidades implicaria colocar a vida de alguém em risco.
No máximo poderíamos ficar surdos com as motos passando na rua tocando as infernais marchinhas medonhamente mal escritas ao som de músicas do é o Tchan ou do grupo Calcinha Preta.
O “santinho” desta vez virou “diabinho”. A lei acabaria por escorregar na papelada toda.
Os diabinhos foram tantos que pessoas caíram ao chão tentando praticar uma democracia que aqui no Brasil não é aquelas coisas.
A começar da obrigatoriedade de sair de casa para ter que votar em psicopatas, malucos beleza, Tia do Boteco, Zé da Mula, alguns assassinos e outros tantos com “capivaras” (cadastro criminal - histórico) puxadas em quilômetros.
O ficha limpa deveria englobar o conceito de candidato(a) politicamente correto(a) quanto aos conceitos de meio ambiente e higiene, além de não estar devendo na justiça respondendo por crimes, alguns ate hediondos, como um certo candidato em Rondônia que matava seus desafetos na base da serra elétrica. (idos dos anos 90).
A verdadeira sorte foi que estamos em meio a uma severa seca tomando conta do Brasil inteiro. Se as chuvas de março caíssem por agora as cidades seriam afogadas por conta de todos os seus bueiros entupidos com tanta porcariada eleitoral.
Sorte mesmo.
Mas, agora centenas de pessoas estão com talas nas pernas, gesso nos quadris, curativos em todos os arranhões e algumas vestidas com seu eterno paletó de madeira.
Quem pagará?
Quem será o responsável?
Quem trará mais orégano para essa pizza?
Que democracia é essa de urna super moderna, rapidíssima com digital do eleitor  e de outro lado uma legislação que permite matar por tabela?
Em Bauru TODOS os candidatos deveriam pagar pelo crime da velha senhora e muito mais. Pagar pela limpeza e a reciclagem de sua propaganda perigosa e bastante idiota no tocante ao conteúdo, diga-se de passagem.
Que tal começar o TSE abrir iniciativa e proibir, já para as próximas eleições, de qualquer candidato imprimir panfletos, “santinhos” e diabinhos. Seria um ótimo começo ao invés de gastar um dinheiro pesado apregoando em cadeia nacional que “as eleições transcorreram num clima de tranquilidade”, “foi tudo dentro do normal” inclusive matar velhinhas.
Democracia assim é melhor não ter.


















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