JORNAL PENA LIVRE

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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

SEDE VACANTE
O papa Bento XVI, que usa marca passo em seu coração desde sua posse para quem não sabe nada sobre a vida do homem, está com as malas prontas para deixar seu cargo de sumo pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana.
A renuncia foi anunciada ontem, dia 11/02/2013, e pegou a todos de surpresa, menos a mim, claro, porque esse tema pouco ou nada me afeta.
De qualquer forma, representa uma exceção à regra de papas ficando no cargo até o último suspiro, mesmo sem condições físicas de fazer seu trabalho.
Cuidar de um rebanho, como gostam de dizer, de mais de um bilhão e meio de pessoas não deve ser tarefa fácil. Eu prefiro a palavra fieis ao invés de rebanho que oferece uma ideia de uma massa disforme e como gado seguindo o sino do vaqueiro.
Bento XVI não vai deixar saudades.
Ele foi a escolha premeditada à João Paulo II representando as forças mais intensas da igreja no tocante ao conservadorismo que faz os seguidores murchar a cada dia perdendo espaço para outras religiões ocidentais ou orientais, mas, também para as agremiações de fundo de quintal interessadas apenas em lotear o céu para quem puder pagar.
Para seu sucessor a Igreja seguirá os mesmos passos que singrou ultimamente que é eleger velhos caducos ultraconservadores para deixar tudo como está.
Nada mudará conceitualmente na troca do papado.
Evidente anunciar que o feito de Bento XVI, sua renuncia, ultrapassa do século XX, somente no século XIX é que a Igreja teve um papa que renunciou ao cargo, daquela feita para apaziguar forças opositoras dentro da própria igreja e não por questões de saúde como alega o papa atual.
Bento XVI deixa o comando das suas ovelhinhas em meio a uma série de escândalos como é próprio da Igreja Católica, um dos casos mais ruidosos envolve pedofilia em larga escala praticada por alguns membros da igreja, perfeitamente acobertados pelo manto do papa onde ninguém acabou punido.
Talvez seja o caso de trocar o símbolo da igreja do Cristo pregado na cruz pelos dois pratos invertidos do congresso nacional dadas as circunstâncias de severa impunidade dos seus membros que abusam de criancinhas e depois levam um tapinha nas costas do sumo pontífice. Verdade? Mentira?
Quem tiver ai um tempo pode investigar se algum padre pedófilo foi punido com a perda da batina ou com algum tempo atrás das grades, muito pelo contrário muitos foram transferidos para paróquias onde são ilustres desconhecidos, quem sabe dando continuidade aos crimes de abuso de crianças inocentes.
Papa Bento XVI deixou sua marca ao dar de ombros para esses assuntos com o cajado do seu silêncio e fez a igreja amargar por mais crimes, como se não bastasse a carnificina impetrada no tempo da inquisição torrando na fogueira da vaidade milhares de vítimas inocentes, quase 100% mulheres.
A Igreja carece de modernidade. Enquanto o homem segue tentando conquistar Marte e descobrir se ele um dia serviu de morada à vida, a santa Sé segue jurassicamente enfiada em conceitos mofados e ultracaretas.
A sociedade em si se altera a cada dia. Ontem casamento homossexual era tabu hoje acontece em cada esquina, uso da camisinha para evitar as doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada, bem como o controle de natalidade. É bem verdade que cresceivos e multiplicaivos estão bem fora de moda num mundo abarrotado de gente vazando pelo ladrão.
Velhos tabus que a igreja católica nem quer ouvir falar.
O homem é filho de Deus, mas se for casar com outro homem deixa de sê-lo?
O jovem doido de vontade de transar com a namorada veste sua camisinha para não deixar a moça grávida e parte para o abraço. Ah esse merece ser queimado no mármore do inferno.
Ou mesmo o casal que usa o dispositivo peniano para evitar colocar mais filhos no mundo. À fogueira com eles.
A bíblia não menciona em nenhum momento sequer que devam existir padres ou pastores, quanto mais que os mesmos não possam se casar. A igreja defende sua tese dizendo que um padre vive em missões em vários lugares e em várias igrejas diferentes, por isso ele não conseguiria dar sustentação necessária a família.
Pura tolice. Até mesmo no sentido prático seria prudente que se casassem para evitar molestar crianças pelo caminho da fé.
Homem que é saudável que se vê privado de sexo apela para a ignorância transando até com o pé da mesa. Pode ser virtualmente uma pancada de sinceridade, mas não seria ideal tratar o homem padre com toda a sua carne e deficiências naturais à condição do ser humano do que deixá-lo solto atacando o lombo de outras pessoas?
Fui criado em meio a essa ideia como herança de uma família católica, embora eu tenha abandonado boa parte do ritual pelo caminho por não acreditar numa agremiação que já matou a granel como porta voz da ressurreição e do perdão com o padre ali na esquina atacando crianças nas horas vagas.
A Igreja continua medieval, não evolui, não constrói nada novo, não dá ideias novas como foi o conceito do iluminismo.
Jesus Cristo jamais proferiu algo contrário ao casamento de religiosos, e alguns de seus apóstolos tiveram esposas e filhos. O judaísmo, crença da qual se originou o cristianismo, não impunha o celibato aos rabinos. Logo, a Igreja Católica também passou um longo tempo considerando aceitável a ordenação de homens casados.
Uma das pioneiras tentativas de imposição do celibato aos padres fracassou no Concílio de Niceia, no ano 325 DC.
Só o que se conseguiu foi proibir o casamento depois da ordenação. Ao que tudo aponta, porém, nem mesmo essa regra imposta foi respeitada rigorosamente, já que vários clérigos do período viviam com suas esposas e ou companheiras e resistiram à nova regra. No século IV, por exemplo, bispos como Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa foram casados, e 39 dos papas tiveram esposas e filhos, que chegaram, em alguns casos, a suceder os pais.
Embora o processo tenha sido estartado por Leão IX, foi o papa Gregório VII que emprestou seu nome à chamada “reforma gregoriana”. Esse movimento intensificou a crítica à incontinência dos religiosos e passou a valorizar um clero inteiramente voltado à sua tarefa, sem relações familiares que pudessem afastá-lo dos interesses espirituais ou levá-lo a usurpar bens da Igreja para benefício de seus parentes.
Bom tem outra vertente sobre o porque a Igreja quis que seus padres não se matrimoniassem mais.
Aqui uma visão talvez mais real das verdadeiras razões do celibato.
Os padres podiam sim se casar e constituir família, porém sabe-se que para se tornar um padre era necessário gastar-se muito dinheiro.
As escolas seminarista eram extremamente caras, portanto, só as famílias ricas tinham condições de manter um filho padre, e para elas ter um padre na família era questão de status.
Sabe-se também que após o falecimento de um padre seus bens eram divididos, 50% para mulher e filhos e o restante para igreja.
Agora junte tudo, se os padres eram de famílias ricas provavelmente eram detentoras de gordas heranças e quando casavam a igreja tinha de partilhar essa herança com a família do padre.
Logo, mais uma vez visando arrecadação de bens e dinheiro, a igreja proibiu o casamento de padres, baseando sua ganância numa sede incessante de maior ganho possível e a não divisão do poder.
Essa é mais umas das grandes polêmicas que envolvem o Vaticano e a igreja católica e como muitas têm bases distorcidas dentro do texto da bíblia.
Pedro, por exemplo, era casado, pois o mesmo de acordo com a bíblia teve sua SOGRA curada por Jesus, e para se ter uma SOGRA o que é que é preciso? Ter uma mulher não é mesmo. Pois bem, esse mesmo Pedro que era casado, foi o primeiro dito PAPA, se o primeiro foi casado porque os outros não podem ser? Por dinheiro caro amigo, é isso que move o mundo.
Resolvido o problema do casamento de padres e afins, resta à igreja rever seus conceitos antiquados quanto ao controle de natalidade, uso da camisinha para evitar doenças venéreas, o casamento entre pares do mesmo sexo.
O mundo caminha a passos largos para uma unanimidade quanto às questões sexuais e a Igreja insiste em cresceivos e multiplicaivos como se o mundo tivesse Adão e Eva saltitando pelos campos vazios.
O mundo esta entupido de gente. Não carece mais essa política enfadonha de procriar em larga escala.
Bento XVI dará lugar a mais um velhaco sacudido pela idade avançada e conceitos cobertos de teias de aranha.
Em meu pais Magnolândia eu colocaria um Papa jovem nesse comando, casado obviamente, praticante de skate, windsurf e com o Che Guevara tatuado no braço, um cara “prafrentex”, que usasse o papado para o crescimento espiritual das pessoas, o atingimento da religiosidade individual que não tem nada a ver com as teorias em voga mofadas de hoje.
Um papa antenado nas mudanças trazendo a Igreja para o século XXI, conectado com as mudanças sociais, a aceitação do homem com homem mulher com mulher porque não? Controlar esse síndrome do cresceivos e multiplicaivos.
Um sumo pontífice jovem de mente aberta para rever os rituais dentro da santa missa, hoje uma santa sequencia de nostálgicos acontecimentos com pão e vinho. Que ele conseguisse transformar esse ritual num plano de atuação política dentro da santa Sé, fazer as pessoas enxergarem seu verdadeiro papel não de um burro seguidor de padres conflitantes em suas morais deturpadas, mas de um personagem atuante e participante.
Fazer encher os bancos vazios das igrejas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo como forma de resgatar uma parceria de fé que nunca existiu.
Viva o Papa casado, o papa defeituoso como homem que é, fé ilibada em construir as pessoas para praticarem o bem, respeitarem os próximos como a si mesmos, não matarem por tostões, não usarem as drogas para resolver problemas de relacionamento e não molestarem crianças, por favor.
Quem sabe no século 25 não?








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