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quinta-feira, 16 de maio de 2013

          OPINIÃO DE UM TÉCNICO DE FUTEBOL AMADOR

Essa é a bruxa Vassourinha. Além de seu aparato voador e poções mágicas, ela traz em sua bagagem toneladas de má sorte. Com sua varinha de condão transforma em desgraça tudo o que toca.
Ela, entretanto, será dispensada de suas funções nas Copas das Confederações e  do Mundo a serem realizadas num futuro próximo aqui no Brasil.
O destino da seleção brasileira de futebol já está selado sem a participação da jovem e simpática senhorinha maligna.
Todo brasileiro é um técnico predestinado ao sucesso, inclusive eu.
Vassourinha está bastante chateada ultimamente, por sinal, e vejo isso nos constantes e-mails que ela remete a mim.
Ela estaria sendo demitida do seu cargo de trazer azar para tudo por conta da robustez e eficiência da CBF e seus miquinhos amestrados em atuar nesse papel.
Por mais que meu sangue possa ser nessa época de jogos futebolísticos verde, amarelo azul e branco, se bem que nos outros dias ele está mais para azul, vermelho e branco, nada poderá barrar o fracasso da seleção nas duas contendas.
O papel da CBF frente à velha senhora bruxa é impecável.
Há uma necessidade pungente de fazer com que a seleção tome o caminho de casa mais cedo, desta vez mais fácil porque as duas mega estruturas de competição rolarão aqui mesmo nos gramados brazucas, bastará, portanto pegar o ônibus/carro e ir para casa.
O técnico da seleção brasileira, Felipão, é peça de museu de arqueologia face ao futebol moderno de correria e boas maquinarias estratégicas de jogo.
Felipão é de um tempo de futebol de várzea onde um grito valia mais que um bom craque fazendo gol. Valia e vale ainda a raça pura.
Time pequeno vai sempre na base do vai ou racha.
Além disso, o homem é grosso, respondão, desequilibrado e de um humor cadavérico.
Ha tempos que o futebol brasileiro é indigente e maltrapilho. Porque quer.
Os últimos resultados do time são piores que os lanterninhas do velho Desafio ao Galo, espécie de campeonato de futebol amador da cidade de São Paulo que costumava ser transmitido ao vivo pela Tv Record.
Naquela competição valia mesmo o delicioso sanduíche de “mortandela” do boteco do seu Joca que ficava nas imediações.
Se o time tivesse perdido ou não o lanche estaria esperando com refrigerantes e cervejas para todos os competidores, essa era a verdadeira festa.
Quando o time era bom de bola no campeonato do Desafio ao Galo seria capaz de vencer hoje qualquer seleção por melhor que seja.
Aquilo era amor ao futebol. Brigava-se de forma hercúlea por uma taça de “deis merréis” e mais o sanduíche do Joca. Meias furadas, camisetas quase apagadas sob patrocínio da Cera Parquetina e sabonete Eucalol. Eu mesmo assisti a muitas partidas de categoria internacional.
O futebol atualmente é montado com artistas de cinema, capaz da ponto G, celebridades que andam de Ferrari zero Km, muito zum zum zum da cartolagem infernal da CBF e as Confederações Estaduais que trabalham para desgraçar qualquer competição.
O futebol brasileiro da seleção canarinho caiu na desgraça por uma conjunção de fatores: técnicos obsoletos como Felipão, briga de foice para conseguir patrocínios para os times e os jogos de bastidores nocivos aos interesses da bola e do gol, uma imprensa que endeusa Ronaldinhos da vida que são bons em baladas e que deixam o gol vazio quando se trata de jogo com seleções do nível da Espanha ou Itália.
Desempenho em campo medíocre, fraco, sem brilho, jogadores interessados apenas no bolão para comprar outra casa na praia, táticas de campo jurássicas e técnicos especialistas em retranca. Muito Zé Bonitinho e falta de bola. Blá, blá blá não faz gol.
Futebol é bola na rede. Campeão moral é o escambau. Isto é usado por quem perdeu o jogo e tem a cara de pau de culpar Deus e o resto do mundo pelo fracasso.
A copa das Confederações será o descarte final do time montado por Felipão que somente a duras penas conseguiria bons resultados lá nos campos da CMTC (Desafio ao Galo).
Noves fora zero no placar, a estrutura para as duas competições não estará pronta.
Tem estádio que vai abrigar abertura das competições ainda no alicerce.
Os obras do entorno dos estádios está em estado embrionário e certamente não dará tempo para acabar mesmo porque são obras públicas sujeitas a assaltos, roubos, desvios, corrupção ativa e passiva e desvio de verba. Paga mesmo o calendário e cronograma de andamento das obras que fica no zero a zero.
Vai ter gente vendo a partida de dentro do Metrô ou num entupimento arterial de tráfego nas ruas das cidades sede.
Lamentável que o futebol tenha que passar por isso.
A derrocada brasileira da saúde, levando olé na segurança pública e tomando chapéu e o drible da vaca no setor de saúde o último baluarte da brasilianidade vai agora para o vinagre.
A ridicularização mundial do país é o fim da picada e vai terminar nesse doloroso placar, de um lado a vergonha mundial pelo fracasso de uma seleção de futebol e de outro sei lá quantos milhões de habitantes que deverão vestir seus narizes de palhaço para ver a banda passar.
Dona Vassourinha me disse outro diz que aposta cinco quilos de asas de baratas usadas em suas poções mágicas que o time  brasileiro não passará das quartas de final em ambas as competições.
A seleção ficará mais uma vez com o título de campeã moral etc e tal.
Depois disso passado, pegarei minha senha para trocar minha identidade para a Venezuela, lá pelo menos se joga mais futebol que aqui ou talvez em Zimbabwe.

Magno Almeida Lopes, escritor e jornalista free-lancer, administrador de empresas com habilitação em negócios internacionais, tecnólogo de obras e solos, engenheiro de rede Lan, membro efetivo da academia Piracicabana de letras, MBA em comércio exterior. Piracicaba (SP), 16 de maio de 2013. email: lopesmagno@gmail.com













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