JORNAL PENA LIVRE

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quarta-feira, 23 de abril de 2014

GOLPE NA DEMOCRACIA

PARTE UM

Prezados leitores e amigos. O texto abaixo é propositadamente um pouco mais longo que o habitual. Perdoem-me pela extensão, mas se faz absolutamente necessária. Tomei a liberdade de colocar partes 1 e 2 para que possam retomar a leitura no ponto exato.
Vários golpes baixos ilegais podem ser aplicados no UFC. Alguns exemplos desses golpes baixos: morder, cuspir no adversário, puxar os cabelos, golpear na espinha e vai por aí afora. A democracia é um adversário relativamente novo no Brasil e sem muita experiência do ringue.
O primeiro grande golpe aplicado à democracia é o acorrentamento da imprensa e o combate à informação livre. Controlar a informação é um crime capital que governos obesos em suas aspirações politiqueiras aplicam na garganta da democracia para angariar facilidades e a conquista do poder.
Já não é de hoje que os governo quer sejam de direita ou de esquerda no Brasil sonham em emudecer as bocas pensantes e falantes pelos quatro cantos querendo monopolizar manipulando informações distorcidas, corrompidas, falsas e com objetivo político estranho a todo brasileiro que tenha um milímetro de vergonha na cara.
Falo dos governos de direita e esquerda como sendo a mesma coisa de propósito. Não acredito que nosso país estivesse melhor se o governo fosse um pouco mais à direita ou de centro se a matéria prima, o homem público, o político não valem aquilo que a gente desvia na calçada produto de um cachorro que comeu muito bem.
Os governos de direita acham que servem para salvar o Brasil, os de esquerda também, assim como outras definições de manual: centro esquerda, centro direita, ultradireita ou ultraesquerda.
O segundo golpe mortal na democracia é liquidar o bem público em geral, aquilo que é patrimônio nacional quer seja uma empresa estatal, a Petrobras, por exemplo, ou uma instituição como a justiça brasileira.
Em governos abusivamente perecíveis na moral, na ética, que desafiam todos os códigos penais brasileiros, que praticam crimes contra o interesse nacional o uso da empresa estatal ou mista cumpre um papel de servir de ponta de lança nas negociatas que são praticadas a céu aberto, com apoio da grande massa política nacional disforme e sem coração público.
As instituições, por outro lado, são tomadas de assalto para contemplar um cenário de impiedosa impunidade, de complacência desavergonhada, meros cabides de servidores comprometidos com o lado negro da força e o assalto à esperança nacional. A justiça nacional cumpre esse papel.
Outro golpe fantástico que poder ser aplicado na democracia, tipo cuspir na cara do adversário no UFC, é ultrajar definitivamente aquilo que serve como um depositário de informações cruciais de quanto somos, quanto comemos ou gastamos, como vivemos e quantos de nós estão sem emprego.  O Instituto de Geografia e Estatística fazia isso em suas quase 80 anos de existência.
O IBGE tem um histórico respeitável na coleta de dados que vêm ajudando o país a se conhecer de perto, facilitando planejamentos de ordem macro econômica, mas também no ambiente social e político.
Sua presidente, Wasmália Bivar, é um dos personagens que pratica o crime contra a nossa democracia a mando de interesses políticos eleitoreiros do governo federal.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua passou pelo crivo do planejamento durante oito anos e mais cinco de testes até que o primeiro resultado foi publicado em Janeiro de 2.014. Traduzindo em miúdos: o trabalho era sério, testado, avaliado, justo, perfeito, prático e super apurado.
A massa de dados é obtida junto a mais de 3.500 municípios brasileiros em todo o território nacional em detrimento da pesquisa anterior, dita restrita, que analisava dados apenas de grandes cidades e capitais.
Para melhor entendermos essa pesquisa vamos buscar as informações dentro do próprio IBGE: a pesquisa Pnad obtém informações anuais sobre características demográficas e socioeconômicas da população, como sexo, idade, educação, trabalho e rendimento, e características dos domicílios, e, com periodicidade variável, informações sobre migração, fecundidade, nupcialidade (taxa casamentos), entre outras, tendo como unidade de coleta os domicílios. Temas específicos abrangendo aspectos demográficos, sociais e econômicos também são investigados. (Fonte IBGE, acesso site 20/04/2014).
O problema é que os dados divulgados em Janeiro de 2014 trouxeram uma dose de pimenta no molho do governo acima da capacidade de digestão quanto aos números do desemprego que atingiu uma marca preocupante de 7,1% contra 5% na pesquisa mais restrita.
Deu correria no Planalto. Era preciso esconder esse dado urgente.
Ao invés do lógico que seria o governo investigar as causas do aumento de dois pontos percentuais no quesito empregos resolveu matar o anunciante ou o jornaleiro que trouxe a notícia nas manchetes. Atitude bastante idiota.
Wasmália Bivar inventou uma desculpa estúpida, e eu coloco esse adjetivo porque ela era até então figura de carimbada competência e autenticidade, para esconder a resultado sobre o desemprego no cofre e atender aos pedidos desesperados do Planalto que não queriam ver números negativados com as eleições logo ali.
Bivar usou imaginação para dar suporte à sua mentira que o método utilizado seria falho por ter deixado pesquisa sobre renda familiar cuja utilidade só seria pertinente em 2016.

PARTE DOIS

A presidente do IBGE também alegou que fizera uma leitura pouco atenta nas regras da pesquisa divulgada em Janeiro último. Lembrando que o método ficou em gestação oito anos e mais cinco em testes.
Wasmália decretou, então, que abortaria toda e qualquer tentativa da divulgação dos números da pesquisa Pnad.
A tropa de choque do governo já provocou baixas de magnitude máxima na escala desse terremoto: a diretora de pesquisas do IBGE, Márcia Quintsir, e a diretora da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, Denize Britz, dois dos maiores baluartes da escola de Geografia e Estatística do Brasil.
Elas mesmas e mais 45 funcionários do alto escalão do IBGE assinaram documento contestando a necessidade da revisão das regras e afirmam no documento que a decisão de Wasmália foi apenas servir-se de capacho para Miriam Belchior, ministra do Planejamento a mando de Gleisi Hoffman, a toda poderosa senadora, igualmente um elemento servil palaciano que apenas recebe e cumpre ordens.
O ataque ao IBGE, repito uma ferramenta imprescindível da democracia brasileira, não foi o primeiro organizado por esse governo que está ai.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), anteriormente um centro de pesquisa de excelência independente e na produção de conhecimento de alto nível hoje cumpre um papel terciário dentro da estrutura governativa.
Foi desmontado e serve apenas como mais uma ferramenta de divulgação do pensamento linear que faz hoje a marca dos nossos tempos de governança divorciada dos maiores interesses nacionais.
O Ipea lançou sua franquia em terras venezuelanas, mas nada produziu até agora sobre dados da tirania chavista/madurista se prestando a divulgar bobagens sem maior importância.
O Ipea fez sua estreia desastrosa no cenário da pesquisa de opinião e emplacou uma vergonhosa panaceia ao divulgar erroneamente pesquisa que mostrou que 65% dos brasileiros concordam com a máxima que mulher que se exibe demais quer mesmo ser estuprada.
O correto era 28% dos brasileiros apenas. A lambança provocou a queda do diretor de estudos e políticas sócias do Instituto lambão.
Não é de hoje que o governo aplica o uso sistemático da mentira, faz maquiagens em números da economia, da criminalidade utilizando técnica infame de marketing comercial mudando a visão dos números para tentar enganar os incautos, tipo preço de comida self service: R$ 150,00 o quilo mudando para R$ 15,00 a cada 100 gramas.
Mascarar índices, detonar estatísticas, liquidar com instituições sérias como o IBGE, matar a pauladas a Petrobras, segurar aumentos de preços que um dia liberados serão a pá de cal em nosso meio de vida como, por exemplo, os preços de combustíveis e energia elétrica, maquiar a carnificina da nossa  saúde pública.
Nossa democracia morre a cada dia nessa luta desenfreada pelo poder e um meio de vida conquistado no sofrimento do povo e seu eterno desengano.
Democracia eu quero uma para viver.
Não precisa ser PhD em nenhuma ciência mágica para perceber que de agora em diante quaisquer dados que venham a ser divulgados haverá sempre a poeira da política inflando ou encolhendo os resultados das pesquisas IBGE ou IPEA dadas às ventanias políticas reinantes do momento.
Mais uma Instituição séria que virou pó na mão desse governo absolutamente paranoico em manter o poder nas mãos garantindo, assim, a perpetuação da máquina de arrecadar dinheiro e riquezas para interesses privados, objetivo maior da governança brasileira.

















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