JORNAL PENA LIVRE

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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

BOMBA ATÔMICA 69 ANOS DEPOIS

Sessenta e nove anos atrás. Do outro lado do mundo algo estaria para acontecer numa linda manhã de seis de Agosto de 1945, na cidade de Hiroshima, Japão.
Vindo do céu, um pequeno artefato construído pelo homem caia em velocidade altíssima devido ao seu peso de aproximadamente 4,5 toneladas. Ninguém na cidade percebeu nada. As pessoas conduziam seus afazeres como nos outros tantos dias das vidas de todo mundo.
Havia passando naquele espaço aéreo um avião B-29 de fabricação americana igualmente ignorado por todos, pois voava numa altitude que impossibilitou qualquer um ouvir o roncar dos motores a pistão.
Os relógios marcavam 08h15min pontualmente quando um imenso clarão, mais forte que a luz do Sol, tomou conta da cidade como se um flash houvesse sido disparado de uma potente máquina de fotografia.
O artefato lançado no espaço era a primeira bomba atômica a ser lançada numa cidade densamente povoada em toda a humanidade.
A bomba recebeu carinhosamente o apelido de Little Boy (pequeno garoto) e nela estavam pregados com cola alguns bilhetes escritos pelos tripulantes daquela aeronave que não vale a pena repeti-los, pois são de uma excrescência inominável, inclusive com vários palavrões de baixíssimo calão.
Num pequeno raio de X quilômetros, do ponto onde a bomba explodiu, ainda no ar, pois havia sido programada para detonar por mecanismo de altitude,  o flash que se viu atingia temperaturas mais altas até que da superfície do Sol.
As pessoas que estavam dentro desse círculo, independentemente se estavam ao ar livre ou dentro dos prédios e casas foram sumariamente pulverizadas ficando suas sombras registradas nas paredes de prédios que não foram destruídos totalmente, algo como se um fantasma houvesse sido carimbado na parede com o formato da pessoa que ali estava.
Essas pessoas pulverizadas tiveram a maior sorte, sorte grande. Morreram sem sentirem nada e sem verem o horror que se instalaria nas horas e dias após a magnífica explosão.
Perto dos artefatos nucleares que estiveram em moda na famosa Guerra Fria (USA x URSS), a bomba de Hiroshima foi apenas um traque de salão em festas juninas. Uma bomba pequena de 78 quilotons, algo em torno de 78 mil toneladas de TNT explodindo ao mesmo tempo.
Cada quiloton equivale ao poder de 1.000 toneladas do explosivos químicos muito comuns em pedreiras e para abrir túneis.
Todos pensam que foi só isso. Um forte clarão cegante e pessoas incineradas.
Longe disso.
A bomba atômica mata em variadas etapas, a saber:
·  A primeira já foi mencionada, a imediata pulverização de alguém ou qualquer coisa que estava no raio de ação do calor intenso da explosão;
·  A detonação provoca imediatamente, a partir do ponto zero, terríveis ondas de choque que vão seguindo rente ao chão a velocidades estonteantes destruindo e matando tudo pela frente;
·  Essa onda de choque ocasiona um tsunami de ventos fortíssimos que percorrem dois caminhos: um na ida da expansão dos mesmos a partir do local onde a bomba explodiu e sua volta já que aquele espaço fica momentaneamente no vácuo. Ou seja, as ondas de ventos matam da ida e na volta;
·  Com a pulverização de pessoas e coisas materiais no epicentro da explosão, o pó resultante sobe na atmosfera e cai do céu em forma de chuva. Uma chuva negra altamente tóxica e radioativa. Esse fenômeno mata também pela contaminação do ar e das águas;
·  Finalmente, a própria radiação imediata e residual também contribui para as mortes sendo que estas são em longo prazo e as mais horrorosas de todas.

Os EUA não queriam explodir a bomba para que ela evitasse mortes que seriam numericamente mais elevadas do que a própria explosão caso os combates continuassem na área do Pacífico. Mentira deslavada e de uma cara de pau sem precedentes.
Todo mundo acreditou nessa besteira.
O Japão àquela altura do certame estava com a língua de fora com os bombardeiros derrubando milhares de artefatos convencionais em cima das mais importantes cidades japonesas. As ilhas do Pacífico estavam quase todas dominadas pelos americanos. Não havia necessidade alguma de detonar os artefatos nucleares.
Os EUA lançaram a bomba em Hiroshima e depois uma segunda em Nagazaki apenas como um teste de campo para ver os efeitos dos artefatos inéditos na história humana.
Tanto é verdade que após as explosões milhares de técnicos, engenheiros, físicos e médicos americanos estiveram nos dois locais fazendo suas anotações do crime hediondo que cometeram.
A ignorância desse ato foi tanta que o avião que transportou o artefato foi batizado com o nome da mãe do seu comandante. Não vou mencionar o nome dele também por ter sito tão criminoso quanto meia dúzia de irresponsáveis, entre eles o presidente Truman que mandou apertar o botão e lançar a bomba.
Foi o teste final desse tipo de armamento. Nunca mais bombas atômicas foram usadas em cidades desde então. A insanidade parou no dia em que alguns cientistas malucos russos construíram uma bomba nuclear de apenas 57 megatons, 57 milhões de toneladas de TNT lançada em Outubro de 1961. De lá para cá os arsenais vem sendo desmontados tanto russos quanto americanos.
De qualquer forma famílias japonesas pagam o preço do teste americano ate hoje com doentes remanescentes da época de Agosto de 1945.
Aos assassinos o total desprezo da humanidade.







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