JORNAL PENA LIVRE

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domingo, 4 de julho de 2010

















DESAFO AO GALO – JABOLANI DA DISCÓRDIA

A copa do mundo é nossa com brasileiro não há quem possa. Eeta esquadrão de ouro...
Não deu. A copa de 2010 repete a cena do Brasil tendo de voltar para casa mais cedo.
Todo mundo correndo agora em ziguezague procurando desculpas para o fracasso: a bola não prestava, o gramado soltava muita grama, o frio era demais, clausura dos jogadores e outras tantas bobagens.
Ninguém quer tocar na ferida. Eu vou. Não só isso. Vou abri-la de forma a expor o vírus que tem dentro. Mentira. Um vírus não, são vários vamos começar?
· Comissão da CBF. Seu presidente Ricardo Teixeira. Alguém precisa dizer ao homem que ele não é dono do time. A seleção começa a voltar para casa quando esse cidadão, pretensamente voltado as coisas do futebol, mete a colher onde não é chamado e, por interesses mesquinhos e comerciais acaba ditando quem vai e quem não vai jogar;
· Técnico. Jogador é jogador, técnico é técnico. Não me passa na cabeça chamar um cara que não tinha qualquer experiência em ser técnico para dirigir uma seleção que representa o País que é atualmente o maior celeiro de craques do planeta. Lá nos idos em que Dunga tomou posse já havia dito que o Brasil não iria longe. Não poderia ir longe. O Brasil também é criadouro dos melhores técnicos de futebol do planeta bola. Precisava ter chamado Dunga realmente? Não tinha mais ninguém com mais habilitação no pedaço?
· Jogadores no estrangeiro. É hora de revisar isso. Jogador que parte para o estrangeiro acaba fazendo com que o time que o recebe monte um esquema tático para favorecer essa ou aquela característica deste jogador, por isso muitos deles jogam um bolão nos seus times estrangeiros de origem e quando chegam na seleção não jogam nada. Não tem que chamar jogador de fora não. Foi pro exterior fique por lá;
· Patrocínio. Contra. Totalmente contra. Seleção tem que ir com o dinheiro da CBF e só isso. Patrocínio de Nike, Coca-Cola, cerveja isso ou cerveja aquilo outro, Guaraná, Extra, Seara, Tim, Vivo e TAM. Quando entra a grana do campo o futebol escapa pelo vestiário. Muito jaburu dando palpite e querendo tirar sua lasca de promoção. Chuteiras, uniformes, meias e outros badulaques compra ali na esquina mesmo de uma marca boa local que dá tudo certo. Ninguém precisa de camisa que tem até chip para jogar bola.
Esta copa não foi diferente. Dizia aos meus amigos desde o apito inicial do primeiro jogo da Copa que a seleção não iria passar das quartas. Não foi azaração como pensam alguns, afinal meu sangue também é verde-amarelo, azul e branco. Foi conclusão. Mera conclusão. Comprei minhas bandeiras do Brasil e fogos de artifício para celebrar, embora chateando minha vizinhança.
Como fazer um time desse jogar bem?
Nasceu morto na origem.
Jogou no conceito errado e na direção errada. Não se ganha copa batendo bola do lado direito para o lado esquerdo ou para trás.
No jogo contra Portugal lembro-me de ter visto Guga (tênis) na platéia vendo o futebol horrível dos dois times. Gritei certa hora: Ô Dunga põe o Guga para jogar! Talvez ele que joga tênis fosse mais competente do que as onze pernas de pau que jogavam a bola como se fosse aquele jogo de bobinho que serve como treinamento e reconhecimento do gramado. Era um bobinho de 200 milhões de torcedores tentando entender porque não se jogava para frente.
Estilão Parreira. E a seleção de Parreira também soçobrou.
Futebol demente resultado brilhante. Carimba o passa porte antes do tempo.
O desafio ao galo é que precisa entrar em campo amigos.
Para quem não sabe desafio ao galo é futebol de várzea da cidade de São Paulo e desde os primórdios da Tv Record que transmitia aos domingos os fantásticos jogos ainda em imagens rudimentares e em preto e branco.
Joseval Peixoto, Fausto Silvia (Faustão), Samuel Ferro e Raul Tabajara eram os animados narradores dos craques amadores do torneio.
Vila Nova Cachoeirinha, Palmeirinha (Paraisópolis), Grêmio Botafogo de Guaianazes, XI Primos FC, GE Firmino Pinto e tantos outros.
Acompanhei durante anos os animados torneios e algumas partidas revelaram verdadeiros bailarinos da bola como tantas vezes eu vi.
Nos anos de Copa em que nossa seleção brasileira entrou em campo com um espírito varzeano, futebol arte e lindo de se ver o Brasil levou a taça. Exceto na fatídica copa de 1986 que o time entrou jogou bem, mas não levou.
O que faz nosso futebol o melhor do mundo? O jeito moleque, a jogada inesperada, a criatividade, a soltura, a alegria e a capacidade de enxergar adiante como Pelé ensinou, Garrincha, Djalma Santos, Leônidas, Zico. Tirar isso da seleção e faze-la jogar bem é impossível.
Sou o “zilhonésimo” técnico de seleção brasileira e, portanto habilitado para dar meu palpite. A próxima Copa será no Brasil.
Vamos imitar a África do Sul de Parreira e ir para o chuveiro antes do tempo?
A CBF vai ensaiar novamente a mesma ladainha do interesse financeiro dentro da chuteira dos jogadores? Vamos escolher um técnico de xadrez para dirigir os craques?
De novo o jogo vai ser lateral não dando em nada?
Futebol é bola na rede. Jogar bem e não fazer gol soa-me como uma mulher mais ou menos grávida. Ou está ou não está.
Primeiro lugar. A escolha do técnico. Um cara sério, competente, do ramo tipo Filipão, Vanderlei Luxemburgo, Muricy Ramalho, Paulo Autuori, Abel Braga, Valdir Spinoza. Segundo: esquecer esses caras que jogam no exterior. São comprometidos com outro esquema tático, outros interesses, já estão com a vida feita e pouco se importam de o time perder ou não que seus milhões de patrocínio caem na conta corrente todo santo mês.
Terceiro: fora com qualquer patrocínio. O dinheiro tem que vir da CBF via pequena porcentagem dos jogos de azar das loterias da Caixa. Uniforme, caneleira, camisa compra de uma marca local para dar prestígio e nada mais.
Quarto: colocar molecada nova. Renovação. Resgatar o futebol do que foi visto no Santos em 2010. Esse é futebol brasileiro. Alegre e que faz gol. Não importa se não levar o caneco, não pode perder a essência do jogador brasileiro.
Jogar burocraticamente como a seleção de Dunda a de Parreira não é o melhor remédio.
Quinto: ensinar o time desde cedo. Ganha-se a copa fazendo gol se todo mundo for em direção a ele não jogando de lado.
É apenas a minha opinião. Prestem atenção no jogo da Alemanha.
O time quase não tem nenhum jogador atuando no estrangeiro e a idade média dos jogadores é muito baixa. Futebol bonito de se ver não é?
Ééééééé do Brasillllllllll. Se for assim não faremos papelão em casa na próxima Copa. Viu Sr. Ricardo Teixeira!

Um comentário:

  1. Lembro muito bem do Desafio ao Galo, hoje eu tenho 47a e gostaria de saber se vc lembra dos patrocinadores: Eram 6 ou 7 só lembro de Fábrica de Móveis Brasil, Romão Magazine,tinha uma de sapato,outra de caderneta de poupança...etc sabe mais?
    ad_mendon@itelefonica.com.br

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