JORNAL PENA LIVRE

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quinta-feira, 13 de março de 2014


 ONDE ESTÁ ESTE AVIÃO?


Onde está o avião?
O gato comeu, o gato comeu
E ninguém viu
O gato fugiu, o gato fugiu
O seu paradeiro
Está no estrangeiro
Onde está o avião?
Eu vou procurar
E hei de encontrar
E com o avião na mão
Eu devolvo pro Afeganistão

Faço referência à música de Gal Costa “Onde está o Dinheiro” para perguntar onde está aquele avião da empresa aérea da Malásia, um fantástico Boeing 777, que desapareceu voando num trajeto lá pelos lados da Ásia?
Nesse meio o gato não faz diferença, pode ser malhado, feio, peludo ou não, angorá ou siamês já que não consegue arrastar a pequena aeronave de algumas boas toneladas para a casinha perto da lareira e ali ficar brincando com os passageiros e o próprio avião.
Sumir um avião “wide body” (fuselagem larga) como um Boeing 777 é tão ou mais difícil do que acreditar que o Pão de Açúcar no Rio de Janeiro seja mesmo doce e saboroso ou que ele seja portátil.
A proprietária do modelo desaparecido em circunstâncias estranhas chama-se Malásia Airlines que não é novata no ramo. Muita gente aí se engana pensar que a empresa é de fundo de quintal e que começou a voar ontem.
A companhia voa desde 1947. Igualmente não é uma operadora que detém meia dúzia de aeronaves velhas e antiquadas. A Malásia Airlines possui nada mais nada menos que 96 aviões entre eles o gigantesco Airbus A-380, o novo gigante dos ares.
Sinto-me confortável e consciente do que posso apontar no presente texto.
A Malásia Airlines tem 19.406 funcionários, voou no ano de 2012 a impressionante marca de 37,16 milhões de quilômetros e transportou 13,4 milhões de passageiros através de 105.077 voos regulares e fretados, bem como carga. (Fonte relatório anual da própria empresa disponível no site http://www.malaysiaairlines.com.
Sua estrutura de manutenção reporta a oficinas mecânicas modernas, peças de reposição originais das fábricas Boeing e Airbus Industries, além de pessoal treinado.
Enfim, uma empresa média/grande de boa performance e resultados.
Não acredito que o desaparecimento daquele avião B777 tenha sido por conta de uma manutenção desleixada, irresponsável ou negligente.
Falhas catastróficas em aviões de grande porte são raras, mas a série história delas tem revelado que acontecem em processo dominó de pequenas falhas cometidas por diversos agentes integrados.
Normalmente as falhas são percentualmente divididas entre as mecânicas e as humanas, estas preenchendo quase a totalidade das fatalidades por desconhecimento de um elemento ou de todo um conjunto de pessoas, procedimentos desajustados e imperfeitamente organizados.
Profundamente lamentáveis são as autoridades malasianas, geralmente pomposos militares com imensas medalhas pregadas no peito, que se desatinam a falar besteiras sobre coisas que não conhecem. Algo como um hominídeo pré-cambriano tergiversando sobre térmica nuclear e números de Euler.
A parte mais dolorida da história não é saber que este ou aquele parente morreu. O que dói mais é não saber nada, isso sim, e ser paciente o suficiente para ouvir os tagarelas militares cuspindo idiotices.
Falar demais e agir de menos, essa tem sido a pauta dos milicos malasianos.
Pior para a aviação daquele país minando a confiança numa empresa desse tamanho e a capacidade disso gerar estragos no bolso e provocar desarranjos intestinais sérios para quem precisa viajar pela empresa em tela.
Ajuda vem de todo lado até a mastodôntica China vem contribuindo para tentar localizar a aeronave sinistrada emprestando equipamento e pessoal.
Ao término da novela de localização passaremos a outro capítulo mais sinistro ainda. Contabilidade dos mortos, acionamento das empresas de seguro, investigação férrea para achar as causas, interesses da indústria que construiu o triple seven como é carinhosamente chamado o Boeing 777, leitura das caixas pretas.
Espera-se que termine tudo bem e que o culpado não seja o piloto na falta de outra coisa como aconteceu com o voo Air France 447 de 01/07/2009, cujo piloto lavrou em cartório 100% da culpa indevidamente. O coitado já estava morto mesmo nem podia se defender e como parte mais fraca da parada ficou com a contabilidade das vítimas nas costas.









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